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Malcon Bauer nasceu em Agrolândia. Sim, Agrolândia existe! É uma pequena cidade catarinense de colonização alemã que você precisa conhecer. Neste solo cômico autobiográfico Malcon testa as fronteiras entre teatro, performance e stand up comedy para dividir com o público as memórias de sua infância no interior e suas loucas aventuras na cidade grande.  E pode acreditar: as partes mais estranhas dessa história são, provavelmente, as verdadeiras.

Agrolândia é uma pequena cidade de colonização alemã localizada na região do Alto Vale do Itajaí, interior de Santa Catarina. Com aproximadamente 9000 habitantes, a cidade tem como principal fonte de negócios a agricultura. Agrolândia é uma cidade bucólica que possui uma praça bem no centro, próxima à padaria e à igreja luterana. Agrolândia não tem cinemas, shoppings ou teatros. Seus habitantes se divertem em festas, jogos de futebol, encontrando os amigos em bares e outras atividades.

 

Nesta cidade nasceu Malcon Bauer. Criado no seio de uma família amorosa e fascinado pelo mundo do cinema, Malcon Bauer resolveu, quando precisou decidir para qual curso prestaria vestibular, que gostaria de estudar teatro. 

 

 

Ao mudar-se para Florianópolis em 1999 para cursar a faculdade de Artes Cênicas, Malcon Bauer viu-se numa situação insólita: as pessoas duvidavam da existência de Agrolândia. A simples menção do nome de município levava seus novos amigos e conhecidos aos risos, levando-o inclusive a procurar a cidade em um mapa para provar a veracidade do fato.

 

Percebendo o potencial cômico da situação, Malcon Bauer passou a usar Agrolândia como ponto de partida para a comédia. Usando histórias reais de sua vida pregressa (com pequenas adaptações para fortalecer a comicidade). Malcon Bauer aprofundou as possibilidades cômicas da cidade e tornou Agrolândia o foco principal de seus solos cômicos, cativando o público com anedotas que pareciam saídas de um universo ficcional e exagerado. Após anos de experimentação, Malcon Bauer resolveu transformar todo o material em um solo que ultrapassasse as fronteiras entre o ator e o personagem.

Assim surgiu O Homem de Agrolândia, um solo cômico que busca, através do viés autobiográfico, apresentar reflexões e observações sobre acontecimentos do cotidiano a partir do ponto de vista do ator/autor Malcon Bauer sobre o modo de vida e as idiossincrasias da “cidade grande” e os relatos de sua vida na pequena  Agrolândia.

 

O texto evita os estereótipos do “rapaz do interior” atrapalhado e ignorante e apresenta histórias que vão do irônico ao escrachado, passando pelo humor negro e pelo lúdico que a situação oferece.


O espetáculo foi criado para duas configurações espaciais diferentes: o teatro e o bar. A ideia é que a obra seja portátil e que possa entrar em cartaz em espaços alternativos, assim como em pequenas cidades como a do texto, que não dispõem de salas de teatro.

 

A direção de Renato Turnes procura explorar as fronteiras entre o teatro e a tradição do stand up, enfatizando o caráter performático do relato autobiográfico. A criação de cenas parte do material dramatúrgico desenvolvido pelo ator, através de dispositivos cênicos que investigam as possibilidades narrativas do jogo cômico sem perder de vista a emoção nostálgica do relato pessoal que o performer oferece.

 

A proposta de encenação leva em consideração o uso de espaços diversos, transitando entre a sala de teatro tradicional, onde todos os recursos da caixa cêcnica podem ser explorados, até o bar, o espaço tradicional do stand up comedy. Em todas as situações o espetáculo busca um pacto de identificação sincera entre o comediante e a plateia.

 

Malcon Bauer é ator, diretor, dramaturgo e roteirista. Graduado em Artes Cênicas pela Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC).  Em cartaz atualmente com os espetáculos As Felicianas ,  Cabaret #RiAlto e Mi Muñequita. Foi ator da Cia Persona junto a qual estreou espetáculos como Nem Mesmo a Chuva tem Mãos tão Pequenas (2007); Castelo de Cartas(2004-2005) e F. (2002-2006). Dedica-se à comédia, como ator e autor, em projetos como Teatro de Quinta (2005-2011), comédias do projeto #RiAlto como Do Avesso (2012) e diversos shows de stand-up comedy. É autor da pesquisa Conta uma Piada! contemplada com o Prêmio Elisabete Anderle 2009, em que analisa processos de criação de personagens para comédia.  Também escreve para o cinema, como o roteiro do curta-metragem O Homem Dublado (premiado pelo Edital Catarinense de Cinema 2010 e Petrobrás Cultural 2010) e seu projeto de roteiro de longa-metragem Cine Bravos foi contemplado com o Edital Catarinense de Cinema 2012.

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